Balanço de Junho

Vamos lá para o balanço do mês!

Junho começou em grande estilo, com uma sessão nostalgia com a análise de um episódio dos Cybercops. Enquanto a série não se encaixa totalmente no gênero, esse episódio mereceu um review.

Depois disso, finalmente consegui escrever Idoru - O Futuro do Pop Parte II, continuação de um dos artigos mais vistos aqui do blog. Nele, tentei aprofundar o conceito de Idoru, se distanciando um pouco do conceito original.

Na seção Eu Quero!, roupas oficiais de Ghost in the Shell. Preciso dizer mais?

Alguns filmes foram resenhados, como Vexille e Wonderful Days, dois longas animados provenientes do Japão e da Coréia do Sul, respectivamente.

Além dos dois longas, cada episódio do animé clássico Bubblegum Crisis também foram resenhados, com o primeiro aqui.

E o grande destaque de Junho foi o primeiro episódio de Appleseed XIII, disponível aqui, mas por enquanto apenas com áudio japonês, sem legendas. Primeiras impressões? Tomara que saia a legenda logo porque a série parece ser uma grande melhoria em relação ao OVA original e aos dois filmes já lançados - Appleseed 2004 e Ex Machina.


E por enquanto é isso!

Bubblegum Crisis - Episódio 06

Sexto episódio de oito, Red Eye's tem quase 50 minutos de duração e é continuação direta do episódio anterior, Moonlight Rambler.

Como é continuação direta, esse e seu predecessor formam um arco de história, algo que não havia ocorrido até então.
Enquanto Moonlight Rambler é um bom capítulo, Red Eye's consegue elevar o nível da série, tornando-se um dos melhores de Bubblegum Crisis.

Usando-se de convenções simples e até clichês do gênero de seriados tokusatsu, ou seja, a presença de impostores (o equivalente malvado dos heróis), a produção consegue usá-los de uma maneira que traz vigor, se utilizando desse elemento para contar uma história bem maior e muito mais profunda do que os outros episódios da série.

Bubblegum Crisis - Episódio 05

Quinto episódio de um total de oito, Moonlight Rambler tem duração de 43 minutos e tenta voltar ao tom inicial da série.

E não só tenta como consegue!

A história é um pouco melhor do que os últimos episódios e marca a volta dos Boomers e da Genom, os principais vilões de Bubblegum Crisis. E é um retorno muito bem-vindo, apesar da ausência de apenas um capítulo, já que é lidando com esses dois elementos é que BGC se firma como um grande animé cyberpunk.

Design mecânico é impressionante

Assim como aqui

E com os Boomers

Outra referência a Blade Runner

As Knight Sabers

O interessante aqui é como a produção consegue dar um twist e misturar vampiros com os temas da série, em principal os próprios Boomers.

Tudo muito bem feito e que diferente do começo da série, quando a continuidade era até meio que ignorada, os eventos de Moonlight Rambler pelo menos são mencionados no começo do sexto e próximo episódio. Isso demonstra um cuidado maior da produção da série e dá a impressão de um mundo melhor estruturado.

Bubblegum Crisis - Episódio 04

Quarto episódio da série, com o título de Revenge Road e tem 38 minutos de duração.

Aqui acontece algumas mudanças, a começar pelos créditos iniciais que indica uma troca no time de produção, saindo o diretor dos três primeiros episódios, Katsuhito Akiyama, e entra Hiroki Hayashi.

Além disso, o tempo de duração é um pouco maior, chegando a quase 40 minutos, bem mais do que os 25 e poucos dos episódos anteriores.

O que não significa uma melhoria na qualidade geral da série.

Sai os boomers e a mega-corporação Genom, os vilões até então, e entra um episódio com características bem diferentes de seus predecessores. O que é realmente uma pena, pois a storyline com os antagonistas mencionados tinha grande potencial e acabou sendo muito mal desenvolvida, terminando - pelo menos por enquanto - com várias pontas soltas e sem quaisquer resquícios de resolução.

Vale mencionar que pelo lado dos aspectos técnicos, Bubblegum Crisis se destaque, mantendo muito bem uma consistência nos traços e na animação, mas no quesito história, peca demais em muitos elementos.

Referência a Max Headroom

Referência a clássicos do rock

Como o próprio titulo já diz, Revenge Road, ou Estrada da Vingança, esse episódio tem ares a la Mad Max, e enquanto a vingança sugerida é válida, a segunda metade do capítulo ganha um plot twist que é muito mal aproveitado e termina totalmente sem nenhuma conclusão.

Bubblegum Crisis - Episódio 03

O terceiro episódio de Bubblegum Crisis tem o título de Blow Up e assim como o segundo também possui menos de 30 minutos de duração.

Esse é um episódio mais ou menos. A primeira metade é muito boa e a segunda deixa a desejar um pouco.

Nos primeiros 15 minutos temos combates contra um boomer e essas cenas garantem a qualidade do capítulo.

O design desse Boomer é excelente

Infelizmente, o que se segue não é de todo ruim, apresentando uma história mais pé no chão com elementos mais humanos, mas a execução é fraca e um pouco decepcionante.

Uma das muitas referências a Blade Runner

Mason - um dos vilões

Bubblegum Crisis - Episódio 02

O segundo episódio de Bubblegum Crisis tem o título de Born to Kill, Nascido para Matar, e tem pouco menos de 25 minutos de duração.

A mega-corporação desenvolve um Super-Boomer e durante o experimento acontece uma explosão que mata um dos engenheiros.

Enquanto o desenrolar da história não é de todo ruim, esse segundo episódio é um pouco mais fraco do que seu antecessor. Talvez seja pela curta duração, já que este possui 20 minutos a menos do que o primeiro, ou por algum outro motivo, como orçamento da produção, Born to Kill é bem leve no quesito história e bem mais pesado na ação, destaque para o design do Super-Boomer, que tem moldes de um Terminator bombadão.

Infelizmente, as cenas finais deixam um pouco a desejar, como o confronto entre as Knight Sabers e o Boomer - muito curto - e a conclusão do episódio tem muito sabor de um deus ex machina, na qual a produção se utiliza de um desfecho se não de todo improvável, um pouco decepcionante a não ser que tal elemento seja melhor explorado futuramente.

Bubblegum Crisis - Episódio 01

Bubblegum Crisis - Episódio 01

Lançado originalmente em 1987, Bubblegum Crisis é uma animação japonesa que consiste de 8 episódios e foi dirigida por Katsuhito Akiyama, que anos depois trabalharia em outro animé cyberpunk, Armitage III: Dual-Matrix.

O primeiro episódio tem duração de 46 minutos e serve como introdução ao mundo e personagens da série.

Somos apresentados às Knight Sabers, um grupo de mulheres mercenárias na Tóquio de 2032, e a vários outros, como os Boomers, que são andróides usados como força de trabalho, bem parecidos com os bioroids usados em tantas outras animações.

Outros elementos também são introduzidos como a mega-corporação Genom, que a primeira vista parece ser o grande vilão nos bastidores, manipulando a quem for conveniente, principalmente os Boomers.

No quesito técnico, BGC surpreende na qualidade da animação e dos detalhes. Comparando-o com o original Appleseed por exemplo, que saiu um ano depois, BGC é infinitamente superior em todos os aspectos.

BGC é basicamente um animé de ação com mechas. As Knight Sabers utilizam armaduras mais parecidas com as do Cybercops do que mechas propriamente ditos, o que facilita a movimentação das personagens, por exemplo. Esse fato até é citado algumas vezes, comparando as armaduras com as usadas pela AD Police, o departamento de polícia de Mega-Tóquio e pelo exército.

Várias cenas de ação, com as Knight Sabers e a polícia perseguindo os Boomers permeiam esse primeiro capítulo; é nessas cenas em que a fluidez e a constância técnica ganham destaque, fazendo BGC ser superior a muitos outros animés.

Ghost in the Shell 2.0

Versão lançada em 2008 do original de 1995, 2.0 é uma versão re-trabalhada do primeiro filme: a animação passou por algumas modificações, como a inclusão de elementos de computação gráfica, por exemplo.

A trilha sonora também ganhou uma repaginação, mais notavelmente recebendo a roupagem 6.1 no mix de áudio.

O filme como um todo continua o mesmo, com a mesma história, personagens e etc.

Em suma, apenas os aspectos técnicos ganharam uma roupagem modernizada, deixando o restante do filme intacto.

Para os fãs mais puristas, como eu, serve apenas como desperdício de dinheiro e recursos, pois não adiciona nada ao clássico. Os gráficos em CG em sua maioria destoam de forma negativa e não adiciona muito ao filme; realmente são poucas as cenas que se beneficiam dessa inclusão.

Assista apenas como curiosidade.

Mais GitS:

Filme original;

Innocence - a continuação