Saturday, January 1, 2011

Ghost in the Shell

Aviso: Spoilers!

Dando uma olhada nos Stats do blog, percebi que houveram alguns acessos na resenha do primeiro filme, mais exatamente para traduzí-la para o português.

Bom, quando eu comecei o blog estava meio perdido em relação a qual idioma eu iria usar.

A idéia básica do site veio do Cyberpunk Review, que eu lembro ter achado por acaso e também é voltado para resenhas de filmes, animés, o que seja, relacionado a esse mundo. Como o site é todo em inglês, resolvi fazer uma versão totalmente minha em português, já que, até onde sei, não existe site ou blog com similar conteúdo. Os primeiros posts foram escritos em inglês por dois motivos: para treinar o meu inglês e para atrair uma audiência maior e de início proveniente de lá, desde que participo, infrequentemente, dos fóruns de lá.

Com o passar do tempo, percebi que haviam visitantes do mundo inteiro, mas a maior parte era brasileira. Então por que não escrever tudo em português mesmo?

Aqui vai, então, a resenha do Ghost in the Shell em português, traduzindo a original e adicionando algumas coisas.


Ghost in the Shell é um dos marcos do gênero cyberpunk. Lançado em 1995 simultaneamente no Japão, Estados Unidos e Reino Unido, não foi um sucesso de imediato, apenas se tornando um hit de fato quando lançado no mercado de vídeo.


Parênteses: a primeira vez que tive contato com o filme foi lá pelos idos de 1996-1997, quando eu tinha uns 10, 11 anos, logo quando assinamos a DirecTV na minha casa e lembro de não ter o assistido inteiro. O que mais eu lembro é que foi transmitido na HBO com o idioma original em japonês e legendas em português e só.

Junto com Blade Runner (filme) e com Neuromancer (livro), GitS é uma das três jóias do gênero cyberpunk - tem todos os elementos que uma boa história cp deve ter para, no mínimo, ter sucesso:


- um herói descolado, nesse caso, heroína;


- futuro próximo realista, de acordo com as propostas da história;


- filosofia que questiona o que é ser humano e linha tênue entre humano e máquina.



Em cima de tudo isso, GitS oferece animação realmente notável, mesmo 15 anos depois de seu lançamento. Animação que impulsiona limites e se liberta das usuais convenções utilizadas por tantos outros animés, algo que aconteceu alguns anos antes com Akira e alguns anos depois com a sequência Innocence.



O filme segue a Major Motoko Kusanagi e os membros da Seção 9 na caçada pelo hacker conhecido apenas como Puppet Master.


O que se sucede é um filme guiado pela sua plot e acima de tudo, por seus personagens; com poucas (mas de tirar o fôlego) cenas de ação e cenas calmas e um pouquinho de intriga política para apimentar.

Também é cheio de temas filosóficos, por exemplo, o que significa ser humano, o que nos faz humanos, inteligências artificiais sencientes e muitas outras. GitS é pesado em questionar a natureza humana e a interface homem-máquina mas não fornece respostas. Mesmo agora, quinze anos depois de seu lançamento, nós ainda não temos essas respostas - fica a cargo de cada um respondê-las por si próprio.


Ghost in the Shell tem um ritmo lento, intencional, e o grande responsável por isso é o diretor, Mamoru Oshii. Oshii é conhecido por esse estilo lento e talvez esse filme seja o seu grande representante e, porque não, obra-prima.


Com duração de 01 hora e 25 minutos, GitS é entremeado com cenas não relacionadas diretamente à plot, mas com a magistral trilha sonora de Kenji Kawai (frequente colaborador de Oshii), ajuda a audiência a sentir o humor certo requirido pelo filme e sentir os anseios de Motoko, além de seu deslocamento e questionamentos.
Pelo menos duas cenas são assim, movidas apenas pela música de Kawai; outra cena, ajuda a história a seguir adiante também sem diálogos, mostrando apenas as ações dos personagens.



Filosofia


Ghost - é a consciência do indivíduo, aquilo que o define e o separa de outros. Usado também para diferenciar humanos de robôs biológicos.


I.A. - inteligência artificial, talvez o aspecto mais intrigante do filme. Para não entregar muito do filme, basta dizer que a IA é um personagen chave dentro da história, tanto em questioná-la como para resolvê-la.

Dolls - apesar de apenas mencionado, na imagem de manequins, o simbolismo é importante, mas realmente ganha força em Innocence.


Para terminar, Ghost in the Shell é um clássico, uma obra-prima que influenciou e influencia ainda outros animés e filmes. O maior exemplo talvez seja os Irmãos Wachowski e o filme Matrix.


Um marco que depois de 15 anos consegue se manter firme.


Major Motoko Kusanagi

Mergulhando

Tecnologia Predador

Dolls

Puppet Master

Será que estamos muito longe disso acontecer?

Doll

Com certeza



E antes que eu me esqueça, como curiosidade, foi lançado em julho de 2008 no Japão um Ghost in the Shell 2.0. E ele nada mais é do que esse primeiro filme com algumas "melhorias" supervisionadas por Mamoru Oshii, com ajuda de computação gráfica. Recomendado apenas para os aficcionados. Se você é novo no mundo de GitS, assista a versão original primeiro.

Como curiosidade final, um post antigo, de uma pérola, bem aqui, entregando o filme inteiro na descrição. Quase não tem spoilers, aham!



3 comments:

  1. kkkkkkkk
    bom site
    Major mocotó foi....

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  2. ahsuahusahahhahasuausha Major mocotó,
    Continue com seus posts!

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