E o tema, como o próprio título revela, é o desenvolvimento da Inteligência Artificial dos Tachikomas e a preocupação da Major a respeito disso.
Tirando a sequência de abertura, em que há um exercício de treinamento utilizando uma I.A, o episódio inteiro mostra as desventuras dos Tachikomas utilizados pela Seção 9, ou melhor dizendo, todas as suas conversas off-duty.
E não deixa de ser engraçado ver os robôs debatendo assuntos como o seu próprio desenvolvimento, fazendo pouco caso de robôs menos desenvolvidos como os serventes e até lendo livros científicos.
O que deixa tudo isso engraçado é o tom de voz utilizado, um tom de voz infantil e até estridente, como se fossem realmente crianças. Engraçado e bonitinho, mas não se pode evitar de pensar que essa escolha é proposital e é tudo uma armadilha da produção em fazer a audiência se simpatizar com os Tachikomas.
Preconceito do futuro |
Duas menções interessantes acontecem em Machines Désirantes.
A primeira acontece aqui:
Turing nada mais é Alan Turing, considerado o pai e figura-chave de pesquisas da Inteligência Artificial moderna. Como curiosidade, Turing também é mencionado em outra obra (fundadora) do cyberpunk, o livro Neuromancer, aonde existe a Turing Police, cuja função é policiar o desenvolvimento das I.As.
Em Stand Alone Complex, as máquinas parecem passar pelo mesmo órgão regulador, como visto acima.
A segunda curiosidade é uma cena em homenagem ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço. Assim como a cena em que HAL dribla as imposições feitas pelos astronautas e consegue através da leitura labial descobrir as intenções dos seus "algozes", aqui nesse episódio temos um Tachikoma utilizando-se de sua camuflagem para tentar descobrir o que a Major e Batou farão em relação a ele e seus companheiros robôs. A cena é muito bem pensada e executada e dessa vez, o ser humano consegue superar a sua criação.
Onde está Tachikoma |
Esse é um episódio stand alone que poderia se encaixar facilmente na categoria Complex, exatamente por tornar acessível um assunto que muitos podem achar, na falta de um termo melhor, complexo.
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