Lançado em 1999, mesmo ano de eXistenZ e Matrix, e assim como o primeiro, 13º Andar sofreu com o sucesso inesperado do segundo, que ofuscou quaisquer chances de ambos alcançarem um sucesso maior, apesar dos dois serem dignos de ter um reconhecimento maior.
O grande diferencial de 13º Andar é atmosfera noir, remetendo aos filmes hardboiled dos anos 40, com as obrigatórias figuras do detetive durão, o mocinho e a inevitável femme fatale.
Assim como eXistenZ, o ponto forte em 13º Andar são as boas atuações do elenco, formado por nomes não tão famosos, mas fortes o suficiente para vender a história do filme.
Talvez o mais conhecido deles é Vincent D'Onofrio, excelente character actor de filmes e televisão que aqui interpreta dois papéis, mas outros bons atores fazem parte do elenco, como Gretchen Mol e Armin Mueller-Stahl.
A história em poucas linhas: um desenvolvedor de software é o principal suspeito no assassinato de seu amigo e patrão, que alega ter feito uma descoberta sem precendentes.
Como o filme lida com realidade virtual, não é surpresa nenhuma quando as coisas não aparentam ser o que são, e a própria realidade começa a ser questionada, exatamente como em eXistenZ e Matrix.
Outro filme que pode ser citado é Blade Runner, com influências no próprio template da história, influenciados pelo gênero hardboiled, e aqui temos algumas referências ao filme dirigido por Ridley Scott: além da figura da femme fatale, a arquitetura em 13º Andar é muito semelhante à de BR, principalmente aqui
E aqui, nos apartamentos dos protagonistas:
Mas Blade Runner e 13º Andar são filmes completamente diferentes na história e em sua execução, e as semelhanças terminam aqui.
É uma grande coincidência três filmes lidando com o mesmo tema terem sido lançados no mesmo ano, os três com resultados tão diferentes um do outro. Os fãs do gênero só têm a agradecer.
Como curiosidade, a fala abaixo foi usada como sample na música Sex Offender da banda industrial Front Line Assembly.
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