Esse é um dos muitos filmes que queria ver fazia tempo e depois de assistir, dei graças ao God of Biomechanics que o fiz.
Curta-metragem Francês de 1962, La Jetée tem 28 minutos de duração, escrito e dirigido pelo documentarista Chris Marker.
La Jetée, ou The Pier em Inglês, é um excelente filme e famoso por ser a inspiração por trás de 12 Macacos, de 1996. Ambos têm lá suas semelhanças e são excelentes por si mesmos e em suas propostas. Enquanto 12 Macacos é um filme tradicional de viagem no tempo, La Jetée tem o grande diferencial em não ser um filme de movimento. Basicamente, é composto de várias fotografias interconectadas por um narrador, com o intuito de contar a história.
O formato photo-roman, ou photo story, escolhido é totalmente diferente de qualquer outro curta ou longa-metragem que eu já vi, tornando-o uma jóia dentro do gênero da ficção-científica, e esse formato ajuda a dar a sensação de sonho que o filme propõe.
A história: um homem viaja no tempo afim de descobrir informações que podem salvar o seu presente. Diferente de 12 Macacos, no qual um vírus dizimou parte da humanidade, em La Jetée foi outra guerra mundial que destruiu parte do planeta, forçando os sobreviventes a viverem underground.
Com o nascimento oficial do gênero cyberpunk no começo dos anos 80, o filme pode ser considerado proto-cyberpunk, assim como outros da ficção científica, como Alphaville e 2001: Uma Odisséia No Espaço.
Filmado, ou melhor, fotografado, em preto-e-branco, La Jetée tem em cada frame uma pequena obra-prima e a cena, ou a fotografia, de destaque entre as muitas ocorre com um simples abrir de olhos, a única em movimento do filme inteiro, e é, no mínimo, maravilhosa.
La Jetée é daqueles filmes, ou photo roman, que não se explica, se sente.
Recomendadíssimo!
No comments:
Post a Comment